Seminário Internacional de Educação Infantil reúne pesquisadores nacionais e internacionais em São Paulo

Entre os dias 25 e 26 de novembro, aconteceu em São Paulo o II Seminário Internacional de Educação Infantil: Tendências e Perspectivas, promovido pela Fundação Carlos Chagas (FCC). No evento, estiveram presentes vários representantes de grupos de pesquisa sobre infância e educação infantil no Brasil, que se reuniram para ouvir pesquisadores/as de avaliação na/da educação infantil de outros países, além do balanço sobre a produção brasileira na área.

O seminário trouxe à tona os debates recentes na área de avaliação da/na educação infantil, sem perder de vista o aspecto da qualidade e discutindo também aspectos relacionados, como acesso/permanência nas creches/pré-escola, o custo aluno-qualidade, as avaliações de larga escala, a formação de professoras/es, entre outros.

No primeiro dia, Adriana Bauer, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), falou sobre avaliação e monitoramento. Ao seu lado na mesa, Paulo Januzzi, representante do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apresentou algumas políticas públicas para a primeira infância e a preocupação com a transparência no acesso às informações contidas no site.

À tarde do dia 25, na Monitoramento da Qualidade na Educação Infantil: Uma Abordagem voltada para os Processos Ferre Laevers (Universidade de Leuven), Bélgica, apresentou sua escala de envolvimento para crianças pequenas. Nesta perspectiva, segundo Leuven, é possível qualificar a participação e envolvimento das crianças com a aprendizagem à qual estão sendo expostas.

As professoras Catarina de Souza Moro e Gisele de Souza discorreram sobre um artigo apresentado na 36ª ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) evento ocorrido em julho deste ano em Goiás –, sobre as produções acadêmicas relacionadas ao tema da avaliação na/da educação infantil. Por fim, a pesquisadora Eliana Bhering apresentou alguns resultados do trabalho entre a Fundação Carlos Chagas e a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, na área de avaliação e monitoramento na/da educação infantil.

No segundo dia, Collette Tyler (Universidade de Melbourne), Austrália, falou sobre a rede de educação infantil em nível federal, relatando também de que modo organizam-se as avaliações desta área no país. Após esta explanação, a pesquisadora Maria Malta Campos apresentou um balanço dos debates ocorridos nos dois dias e destacou ainda os desafios no Brasil para os próximos anos. A pesquisadora reforçou a importância de conhecermos as experiências de outros países e relembrou a iniciativa dos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, material produzido pela Ação Educativa em parceria com o Ministério de Educação e Cultura (MEC). Esta iniciativa recebeu elogios por diversos/as pesquisadores/as da área.

A partir das apresentações, foi destaca a importância de que a avaliação na/da educação infantil deve partir de dimensões outras que não a medição do nível de desenvolvimento das crianças que nela estão presentes, dialogando, sobretudo com os recursos (materiais e humanos) e equipamentos presentes nas instituições de educação infantil.

 

Deixe um comentário